Ministério Público denuncia esquema fraudulento de R$6 mi na Uerj: 19 envolvidos investigados

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O Ministério Público denunciou 19 pessoas envolvidas em um esquema fraudulento que teria desviado mais de R$ 6 milhões da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). De acordo com a denúncia, o grupo teria se apropriado do dinheiro por meio de bolsas de pesquisa concedidas pela instituição.

Segundo a investigação do Ministério Público, o desvio dos R$ 6.077.800 ocorreu em um período de 19 meses. O procurador Bruno Garcia Redondo é apontado como o responsável por montar o esquema de contratação irregular na Uerj, beneficiando parentes, amigos e outras pessoas próximas.

Dentre os contratados estavam a esposa de Bruno Redondo, Fernanda de Paula Fernandes de Oliveira, bem como parentes e até mesmo o personal trainer do procurador. Além disso, o professor Oswaldo Munteal Filho é acusado de autorizar a inclusão dos nomes indicados por Redondo nas folhas de pagamento de projetos de extensão universitária.

A denúncia ressalta que não houve comprovação da efetiva prestação dos serviços pelos contratados, nem a formalização de contratos individuais conforme determina a lei. Além disso, a transparência nos valores de remuneração dos envolvidos não foi observada, violando princípios administrativos.

O Ministério Público alega que os acusados cometeram crimes contra a administração pública, como o peculato, e solicita que sejam afastados de suas atividades públicas e proibidos de ingressar na Uerj. A investigação em andamento pretende esclarecer possíveis crimes relacionados à organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A Uerj já havia sido alvo de investigações anteriores por suspeitas de contratações irregulares, conforme apontado pelo Tribunal de Contas do Estado. Os desdobramentos desses casos exigem transparência e rigor na gestão dos recursos públicos, evitando que situações semelhantes se repitam.

A defesa de Bruno Redondo e Fernanda de Paula Fernandes de Oliveira negam as acusações e confiam na Justiça para esclarecer os fatos. A pesquisa continua a fim de esclarecer a extensão do esquema fraudulento na Uerj e responsabilizar os envolvidos.

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